O Diabo É Nosso Irmão

Zoroastro

Compositor: Paulo Freitas Bittencourt Vieira

Foi sete a zero e o juiz bateu martelo
E suspendeu todos seus sonhos de castelo
Foi condenado por um crime de homicídio
E apenado com dez anos no presídio

Nos outros presos ele impunha as torturas
Nos tempos vagos com suas conjecturas
Obstinado não podia nem dormir
Tão depravado não queria redimir

E assombrava junto com o carcereiro
Tão sanguinário, era frio e justiceiro
E em seu juízo a voz da alma vagueava
E sua mente criminosa maquinava

O tempo passou

Até que um dia essa pena ele pagou
Saiu de lá e logo se batizou
Fez a igreja de um falso evangelho
E finalmente construiu o seu castelo

Era sabido, inventivo e malfeitor
Era brejeiro e se passava por doutor
Enganador que enganava todo mundo
Cresceu depressa com o seu plano imundo

Anos depois ele já estava muito rico
Quanto mais rico ele ficava mais ridico
Suas ovelhas nele tinham confiança
Mas ficou preso na mentira da esperança

O tempo passou

Tirava a lã dessas ovelhas tão sofridas
Não tinha pena de abrir tantas feridas
E a Mão Divina lhe pesou sobre a cabeça
E perdeu tudo para a própria esperteza

Pergunto agora para todo cidadão
Se eu, Diabo, atentava o cristão
Se o fiel nunca terá a salvação
Se existe o céu ou se é pura ilusão

Sou Satanás e escrevi essa canção
Quero dizer que eu não tenho culpa não
Meu Deus é Pai, mas eu não sou a perdição
Filho de Deus, eu também sou o seu irmão

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